- Foi mal. – disse Justin.
- Não, foi péssimo. – disse eu, fazendo um mal uso da minha
suposta arrogância.
- Já pedi desculpas! – ele retrucou.
- “Foi mal” não são desculpas. – retruquei de volta.
- Então é o que? Um jeito de pedir comida japonesa? – ele
revirou os olhos.
- Ah, cala a boca. – respondi.
- Nossa, que menina ignorante! Vai dormir, seu mal é sono. –
disse ele com raiva.
- Olha quem fala. “Oi, eu sou o Justin Bieber e me acho no
direito de roubar os potes de gelatina dos outros!” – tentei imita-lo.
- Ah, então era você? Olhe, eu não queria ter pegado
primeiro que você. Eu simplesmente não a vi e, depois que a capturei com meus
olhos, já era tarde. Te perdi no meu da multidão. – explicou ele.
- Não importa. Você passou por mim exibindo-a. – comentei.
- Não, você está entendendo tudo errado! Estava tentando te
achar! Mas confesso que nem me recordava mais do seu rosto. – completou.
- Ta, finjo que acredito. – indaguei.
- Nossa. Por que mentiria sobre essa tamanha estupidez? –
disse ele.
- Porque vocês famosos sempre são assim. Na televisão mentem
que se adoram, nas parcerias para música também e é claro que nem preciso
comentar dos políticos né... – disse eu.
- Não sou que nem eles. – disse ele.
- Realmente! Você é bem pior, senhor astro pop. – disse eu.
- Quer saber?! Deixe pra lá. Estava tentando ser legal com
você porque percebi que foi a primeira pessoa que realmente falou comigo sem o
mínimo de interesse. Mas de que adianta ser legal com uma pessoa que te odeia e
te recebe com uma puta ignorância? – perguntou ele com a mínima intenção de
ouvir uma resposta.
Justin estava prestes a me dar às costas quando me apressei em
chamá-lo para tentar minimizar a discussão.
- Olha, me desculpe. Vi você sendo ignorante com todo mundo
e pensei que seria assim com todos os outros que falassem com você. – me
redimi.
- Só fui ignorante com aquelas pessoas porque queria me afastar
da falsidade delas. – comentou Justin.
- Entendi... Ah, e não te odeio... Só não te curto muito. –
informei.
- Ah, bom saber que você não me odeia, só não gosta de mim.
– disse ele.
- Não, você não entendeu. Olhe, sou meio complicada, iria
ser uma perda de tempo me decifrar. – comentei.
- Eu não recusaria uma oportunidade dessas. – disse ele.
- De me decifrar? – perguntei.
- Claro, adoro um quebra-cabeça. – disse ele.
- Pois esse quebra-cabeça está em falta com algumas peças. –
disse eu.
- Bom, ainda sim adoraria aceitar o desafio. – disse ele.
- Bom, você poderia começar me levantando do chão. – disse
eu.
- Certo. – disse ele.
Justin estendeu seu braço direito e te ajudou a se levantar.
- Melhor a gente sair do corredor, se algum monitor nos
pegar, vamos estar fritos. Não quer uma advertência logo no seu primeiro dia,
quer? – perguntei.
- Claro que não. – disse ele, sem se importar muito para o
que eu dissera.
Olhei para seu rosto como quem dizia para me seguir e entrei
na biblioteca. Sabe aquelas bibliotecas enormes, que nem as dos filmes? Era
assim a nossa. Existiam milhares de colunas de livros que preenchiam o
perímetro do lugar.
- Aqui tem um clima bacana. – disse ele.
Não dei ouvidos. Fui à procura do meu clássico preferido, Alice
no País das Maravilhas, livro que minha mãe lia pra mim quando era bem pequena,
uma criançinha.
- Quer ajuda na sua busca? – perguntou.
- Se estiver disposto a ajudar... – perguntei.
- Estou me oferecendo, não estou? – perguntou.
- Vamos mesmo começar a responder a pergunta um do outro com
outra pergunta? – perguntei.
- Você não acha divertido? – perguntou.
- Você não acha meio irritante? – perguntei.
- É... Vamos parar. – ele riu.
Disse ao Justin que livro queria e em questão de minutos ele
o achou.
- Ué, como? – perguntei.
- Como o quê? – perguntou.
- Achou o livro tão depressa? Aqui tem milhares e milhares
de livros... – informei.
- Ahn, digamos que é um dom. Sempre fui muito bom em achar
coisas, fazia muito caça-palavras e jogos de 7 erros quando era pirralho. –
disse ele.
Tive que rir. Enquanto conversávamos e nos conhecíamos
melhor, ouvimos passos vindo do corredor.
- Ouviu isso? Melhor nos escondermos! – disse ele.
Concordei com ele no mesmo segundo e rapidamente fomos para
trás de uma coluna de livros. Ouvimos a porta ser escancarada. Senti um
calafrio por todo o meu corpo. Quando Justin ia sussurrar algo no meu ouvido,
pudemos sentir a tal presença se aproximando. Prendi a minha respiração
ofegante e, involuntariamente segurei a mão de Justin. A presença parecia estar
se recuando e quando ela estava prestes a atravessar a porta de entrada por
onde iria sair, me vi me jogando na frente de Justin por puro impulso (cobrindo
a visão do mesmo) para ver o quem era. Vi uma menina com um longo vestido
branco e com um enorme cabelo liso e preto. O mais assustador é que não vi os
pés dela, mesmo tendo os procurado.
Outro calafrio.
- Vo-você viu? – gaguejei.
- Não, você entrou na minha frente, sabe... – disse ele.
- Eu-eu quero ir embo-bora. – informei.
Justin percebeu que eu estava tremendo.
- Quer que eu te leve até seu quarto? – perguntou.
- E vo-você ainda pergunta? – mais um gaguejo.
Justin segurou a minha mão e me guiou até o meu quarto. Não
conseguia andar. Percebendo, Justin me deitou na cama e me cobriu, não
esquecendo de me dar um beijo na testa.
- Boa noite. – disse ele, deixando o quarto.
Estava em choque, a única coisa que pude fazer foi tentar
dormir, e é claro que antes disso, não pude deixar de perceber Winny me
encarando.
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_ღ_ஜ_ღ_ღ_ஜ_ღ_ღ_ஜ_ღ_ღ_ஜ_ღ_ღ_ஜ_ღ_ღ_ஜ_ღ_ღ_ஜ_
Respostas aos comentários:
Isadora: Obrigada, haha. Bom, teve sua resposta previsível. ><
Nayara Rodrigues: Poisé, kkk. Ainda chegará nossa vez! õ/ "QUEM É WINNY NA BALADA? NINGUÉEEEEEM" KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK MORRI VELHO.
Aos outros comentários: Estou continuando, rsrs. *-*
Fim das respostas aos comentários!